O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 20, 2006

"Portugal é um país marcado por um destino fulgurante, embora muitas vezes infeliz, um país encoberto pela incompreensão ou pelo estrangeiramento dos seus próprios filhos infiéis"...

No Caminho da Serpente, Fernando Pessoa disse que ela liga os contrários verdadeiros (os pólos opostos e complementares) porque, ao passo que os caminhos do mundo são, ou da direita, ou da esquerda, ou do meio, ela segue um caminho que passa por todos e não nenhum.


in PORTUGAL, RAZÃO E MISTÉRIO
António Quadros

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QUINTO / NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer

Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogofátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,


Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.


Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá!...já adicionei este blog aos favoritos... deixo aqui o link para o Livro de Portugal:
http://sapal.jconserv.net/viewtopic.php?t=63&start=0


A nossa Deusa é Kuan Yin e a Sua última encarnação foi Ulisses..."aquele que por não ter vindo foi vindo e nos criou"


Liz