"É por isso que a sabedoria do feminino é tão importante, porque o feminino entende a dinâmica do relacionamento, como ouvir e ser receptivo. A consciência feminina é mais sintonizada com a vida do corpo, e por isso conhece os ritmos dos ciclos da vida, ao invés dos sistemas impostos pela vontade que estão actualmente a estrangular o nosso mundo. O feminino está mais instintiva e naturalmente em sintonia com a vida, os seus padrões e poderes. E a consciência feminina é menos dominada pela razão, mais aberta ao mistério do simbólico mundo interior. O feminino é vital na obra de Despertar."
Llewellyn Vaughan-Lee, Alchemy of Light: Working with the Primal Energies
..."mas a antiga detentora da soberania sobre o universo, a causa primeira de toda a existência, e isto muito antes da manifestação do Verbo que, segundo o Evangelho gnóstico de João, era no princípio (e não no começo) do mundo das relatividades concretas. A arte da Idade Média é o reflexo de um pensamento e esse pensamento, apesar do peso do dogmatismo romano, está longe de ser unívoco. Mesmo que ela não cesse de ser consoladora, e mesmo lenitiva, a virgem mediaval transmite mais do que uma mensagem, que remonta à aurora dos tempos e que se manifesta por vezes através de especulações ditas heréticas ou mesmo por meio das aberrações fantasmáticas, a saber: o conceito de uma criação permanente que não pode ser senão de natureza feminina. Se Maria foi realmente a geradora do divino enquanto “mãe portadora”, ela apenas podia ser a encarnação de um conceito preexistente que se tornou incompreensível, incomunicável e indizível, que aparece através dos diferentes mitos referentes à criação do mundo."
In "A GRANDE DEUSA " de Jean Markale
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