O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, dezembro 20, 2007

A ALMA É O EIXO


Luz Central

(...) Porque deve haver uma ordem onde a morte não entra. Deve existir um tempo em que TERRA não seja o HORROR que me feriu o corpo e o espírito e que TU curaste purificando Tudo, desencantando os rios até tocar a veia, o corpo rigoroso da vida real. Onde só os gestos puros, só puros ritmos se podem pertencer. E só olhos sem angústia nem pecado se podem confundir com a limpidez da água.

A alma - ela é o eixo. Ela é a água que subsiste e que fica sempre entre o Corpo e o Espírito. Do acto à Natureza, do calor ao frio, de Shiva a Shatki vai a distância dum campo de batalha ou a Vida, o Centro Solar incestuoso que pelo poder do Amor inversa a aparência do Cosmos. Sove e Coagula.

"A alma sexo do homem" (Cesariny). A Obra é restituir ao sexo as potências da Alma. É restituir a Alma à Inteligência Divina à Unidade Incoercível. Os olhos do coração vêem o Sangue em cada pedra a oração Macho e Fêmea, seca e húmida, de ouro e de prata, da trans-substanciação universal."


HERNESTO SAMPAIO

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