"NÃO SOU FEMINISTA, SOU ANTROPOLOGICAMENTE LÚCIDA"
ana hatherly
Gosto especialmente desta frase e dita por uma escritora portuguesa que acompanho a obra desde os meus 18 anos...Esta É uma frase muito importante para mim, porque se trata de uma precisão extraodinária destinguir o feminismo, a condição social da mulher sob os seus aspectos económicos e luta pelos seus direitos e "igualdades", do conhecimento antropológico mais vasto e profundo das causas e origem da situação da mulher desde há milénios até aos nossos dias.
Sei que as feministas em geral, dentro de uma sociedade materialista, em que o ter se tornou de longe mais importante do que o SER, visam apenas as questões sociais, as questões sexuais e quando muito, as doenças das mulheres, tudo em separado! Ora aí a questão do Feminino Sagrado é remetido para o mito ou para as religiões, e portanto o retorno à deusa é sem dúvida, mesmo para as mulheres religiosas, pura fantasia. No entanto, como diz Sylvia Pereira,
"O retorno à deusa, para renovação numa base de origem e num espírito feminino, é um aspecto vitalmente importante na busca que a mulher moderna empreende em direcção à totalidade."
Também na nova espiritualidade, ligada às terapias alternativas, a mulher procura a essência divina sem perceber que se não procurar o feminino sagrado, não encontrará o seu lado divino.
Como escrevia há dias a uma amiga, acho que são as mulheres que ao moverem-se na procura da sua essência divina, devem encontrar primeiro em si a sua essência feminina que já é divina...
Esse é o segredo que foi escondido pelo patriarcado e pelo clero, a causa do ataque cerrado à sua natureza por parte da igreja, da caça às bruxas, da sua subalternidade e, da violência e opressão do feminino etc. para que a Mulher não se cumprisse e desse a verdadeira dimensão da nossa Humanidade homem-mulher...
rlp
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