O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, dezembro 04, 2007

A NOSSA IDENTIDADE PERDIDA


art montserrat
Luíza Frazão disse...

Rosa Leonor: É por isso mesmo que eu acredito tanto nos benefícios de métodos de desenvolvimento pessoal, como o Método Louise Hay.

Por outro lado, é bom começarmos a pôr a tónica no que é SER HOMEM também, hoje em dia. Passar a bola para o outro campo e confrontá-los com os seus desequilíbrios, com a desvalorização das sua parte emocional (feminina), mostrando-lhes as suas próprias feridas. Há já vários terapeutas, homens e mulheres, a ocuparem-se dos homens. Essa é uma estratégia bem inteligente, quanto a mim. É uma espécie de "o rei vai nu"...Abraço Luíza
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Cara Luiza:

Compreendo o que diz e estou no geral de acordo consigo, mas acho tão premente a mulher trabalhar consigo própria no aspecto da sua identidade perdida, poderia assim dizer, que sinto que quanto mais conhecimento tiver a mulher em áreas abrangentes maior essa responsabilidade; neste caso o que a mim mais me custa é acreditar no trabalho desenvolvido por mulheres noutras áreas, seja em que campo for, embora pese e seja mais paradoxal, a meu ver, quando ela trabalha o aspecto do SER na sua essência sem que o feminino ontológico não esteja nem consciente nem integrado. O que acontece na maioria dos casos neste universo das terapias alternativas!

E se for uma mulher dessas, sem identidade própria - desse feminino que é recusado como sombra pela grande maioria das mulheres - a ocupar-se da ferida dos homens ainda acho mais grave...Por outro lado é-me grato ver e sentir que os homens que acordam para o seu feminino trabalham esse aspecto junto de outros homens e em cooperação com as mulheres. Mas é tão difícil na prática e na verdade! Às vezes em teoria e intelectualmente parece que tudo isso está a acontecer, quer com a mulher quer com o homem…mas depois por dá cá aquela palha, a agressão psicológica do homem à mulher ou o medo da mulher à sua sombra e a sua manifestação contra a “outra” mulher, que tudo se desfaz… O ódio da mulher à outra mulher é o veneno mais nefasto que infecta a nossa sociedade. Claro que esse ódio (inconsciente) vem mascarado de muitas maneiras, para além dos aspectos morais ou espirituais vem às vezes até de forma terapêutica e didáctica …enfim, mesmo de formas fraternas, maternais, quando não paternais etc.

Cara Luiza eu sei, porque tenho vivido na minha pele esse ódio camuflado por ter ousado expressar ao longo da minha vida os aspectos sombra da mulher, assim como o amor pela mulher no sentido mais amplo, não só como Deusa, mas também como SER múltiplo (fragmentado) que sofre em si todas as afrontas por ousar e ser diferente da norma!
Os meus livros são ainda um confronto e mal lidos porque a mulher ainda não se ama. E antes de tudo a mulher precisa amar-se a si mesma, mesmo que seja no espelho da outra mulher…muito para lá da questão ou “suspeita” sexual…

Na verdade a mulher, como diz a canção brasileira, é muito mais do que um sexo!!!

Sim, a mulher é antes do mais uma Alma que lhe foi negada pelo catolicismo, um coração inteligente ridicularizado pelo patriarcado e um dom de amor e cura inato que a torna responsável pela Concepção da Humanidade.

Obrigada por ser uma mulher de coração inteligente!
rlp

1 comentário:

Ná M. disse...

OOOH Q LINDO, Q CANÇÃO PARA MINHA ALMA ESSE TEXTO!!!!!!