LUZ CENTRAL - Ernesto Sampaio
Não é um único caminho o nosso."O fogo alimenta o fogo" e outros virão continuar esta corrente incoercível. No meio do mar, do vento, do deserto, no meio das trevas, haverá um olhar cada vez mais intrépido!
Depois das lágrimas e dos membros delicados a água fecunda da secura, a raça dos homens e das mulheres. O ar muda de forma e a terra envolve as mil oferendas da destruição. Droga da dor e dos alimentos terríveis. Lei de um tempo privado de razão (...)
"A ALMA ELA É O EIXO"
ELA
Contigo aqui em Mertu é como se já estivesse em Heliopolis.
Regressamos ao jardim das muitas árvores, os meus braços cheios de flores.
Quando olho o meu reflexo no quieto lago - cheios os meus braços de flores - vejo-te a aproximar pé ante pé
para me beijares por de tràs, cheirando os meus cabelos carregados de perfume.
Com os teus braços à volta de mim, sinto-me como se pertencesse ao Faraó.
in "Poemas do Antigo Egipto"
ARAUTO DA PRIMAVERA, AMADA VOZ, ROUXINOL...
SAFO - Fragmentos de poemas...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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