“Na ilha de Creta, onde a Deusa ainda era suprema, não havia sinais de guerra.
Aí a economia prosperava e as artes floresciam.”
In "O Cálice e a Espada" de Riane Eisler
Apetecia-me um céu azul infinitamente aberto, e muita paz...
Apetecia-me acreditar que o Mundo pode ainda mudar e os seres humanos viveram para uma consciência superior
e que a ideia do Paraíso não fosse um Mito e a Atlântida voltasse...
Apetecia-me ter esperança...
ATLÂNTIDA
Ela era o Sol resplandecente e quente
a inundar o meu ser logo ao nascer da manhã...
Ela era a majestosa presença que com um só olhar
saciava a minha sede
e aplacava todo o meu sofrimento de um só gesto.
E a sua voz terna e doce evocava toda a magia da terra
chamando a si o poder da criação, cada dia,
num hino de alegria, quando rezava à mãe natureza
e a todas as árvores,
à pureza das águas, às ondinas,
à senhora das fontes e dos lagos
à rainha das fadas,
deusas do ar e das longínquas estrelas...
Era um murmúrio quase inaudível quando evocava os elfos,
o fogo sagrado e as salamandras
e as aves que nas suas mãos pousavam brandas,
colhendo cada grão do seu amor e sabedoria.
Ela era a encarnação pura da Deusa,
Ela era a deusa do sol e da lua...
A Senhora do Mundo, muito antes de Zeus, Ala e Maomé
ou qualquer outro deus macho da guerra...
in " ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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