O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
terça-feira, julho 16, 2002
POESIA DO ANTIGO EGIPTO
(...)
...Sete dias e eu sem a ver.
A minha doença cresce:
tenho pesados todos os membros!
Já nem me reconheço.
O alto sacerdote não é medicina, o exorcisismo é inútil:
esta é uma doença sem explicação.
Eu disse: Ela fará com que eu viva,
o seu nome fará com que eu me erga...
As suas mensagens são a vida do meu coração
chegando e partindo.
Mas a minha amada é a melhor medicina,
mais do que qualquer mezinha ou remédio.
A minha saúde está em vê-la aparecer...
Ficarei curado mal a veja.
Abra ela os meus olhos
e os meus membros retomarão a vida;
Basta que me fale e a minha força voltará.
Abraçá-la fará desaparecer todos os vestígios da minha doença...
Há sete dias que ela me abandonou...
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