O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
domingo, março 31, 2002
Pessoalíssimo...
Hoje, a meio do sono, acordei a pensar, isto é a "escrever" sobre o que penso do meu Blog. Ou sobre as diferenças que noto nuns e noutros. Mas esqueci completamente aquela lucidez nas brumas do sono...
Era sobre a minha forma de escrever tão impessoal, de como procuro sempre frases e poemas algo sobrenaturais ou místicos. Coisas complexas se calhar e difíceis de comentar, como diz a Ana G.-- a minha única e fiel leitora...
De vez em quando sou assaltada pela ideia de desistir de escrever neste espaço. Parece-me ridículo tanto empenho para nada... Além disso revela-me que estou sempre fora dos contextos!
Sim, reparo e vejo que os contextos são simples e directos, subjetivos, acessíveis, normais...
Há uns de uma estética exemplar, outros mais vulgares, outros deliciosos, mas eu não consigo enumerar nomes nem pessoas que não conheço. Vejo que isto se trata de uma troca dentro de um CONTEXTO preciso que é este...
Um universo muito próprio a que eu não pertenço...
(Sim, pode ser que o complexo seja só meu, mas não há leitores portugueses, eu vejo...)
Vejo que as pessoas trocam imensos cumprimentos e devolvem elogios ou censuras, noutros casos... a mim nada.
Eu quero ir sempre para Além e perco-me.
De mim hoje, diria que estou doente, de novo a gripe e que isto já me enjoa. Falo da gripe claro.
É domingo de Páscoa e eu vou ficar deitada a ler...
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