PRETO NO BRANCO
Há dias em que fico muito céptica com a Internet e vejo-a em certos casos como mais um vício inútil ou outra forma de alienação como os mídia em geral O público hoje em dia quer coisas fáceis, estilo "Big's Brother's e congéneres, sem ligar muito a conteúdos mas à imagem e à projecção de imagens, como as revistas "caras" e "elles" e "marie claires"...
Eu sou a antítese de tudo isso e persisto nisto sem grande convicção. Houve um momento em que pensei que no silêncio e no recolhimento alguém se espelhasse em termos mais subjectivos ou intimistas, mas verifico, tal como no espectáculo, que não se tem tempo para ler e cansa seguir algo que não sejam os lugares comuns, fofocas e cumprimentos.
De tal maneira somos poucos verdadeiros que eu própria que digo isto tenho medo de desagradar a um "público" invisível, pessoas que não conheço e descer na contagem de votos...
É claro que eu nunca iria escrever o meu diário aqui, o que verdadeiramente hoje senti ou dizer que estive péssima...
Ninguém nos aceita verdadeiros ou autênticos.
A vida é hoje um teatro barato cheio de comediantes de terceira...Como na política, vivemos de ilogios e de mentiras, de promessas fictícias e prémios de consolação ou "tachos" de primeira!
Confesso que hoje me sinto enojada com os partidos políticos e as suas querelas, horrorizada com as notícias do mundo em guerra, cansada de mentiras e de tantas asneiras colectivas e tudo como se o Mundo fosse uma grande ficção e nós todos actores a rir e a chorar de acordo prévio com o papel ou o "cachet" que ganhamos...
Hoje vi o mundo inteiramente a preto e branco...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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