O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 05, 2008

a alma adormecida...da mulher

VARINHA DE CONDÃO...
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No trabalho como terapeuta, tenho me deparado com inúmeros casos de depressão, a doença da alma. Lembrei-me dos rostos das pessoas depressivas: é como se alguém tivesse lhe tirado a alma, a inspiração de fazer parte deste mundo, a vontade de viver... O brilho dos olhos não está presente, como se eles estivessem em uma caverna, fugindo da luz do Sol, do brilho da Lua, da carícia do vento, do cheiro das flores, do canto dos pássaros, do sorriso das crianças... Ou seja, a pessoa, está viva, mas num sono profundo, como a Bela Adormecida dos contos de fadas. Sei que as pessoas lutam para saírem deste sono profundo, buscam terapias, medicamentos, ajuda médica - essencial neste caso. O depressivo quer se "libertar" e muitas vezes não encontra forças.
Essa alma clama para viver, despertar, acordar...É dessa morte que tenho medo e profunda compaixão por quem está passando por este processo. Gostaria de pegar a minha "varinha de condão" e o "pozinho de fada" e despertar estas lindas almas adormecidas.Tenho plena convicção, não só pelo imenso embasamento teórico, mas pela minha experiência como terapeuta, que esta doença da alma tem relação com a falta de amor entre as pessoas. A Terra está pedindo socorro. Se somos todos ligados, como uma teia, como não sentir a dor de nossos irmãos e irmãs, das crianças, da natureza? Impossível!
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Soraya Mariani

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