O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 12, 2008

PORTUGAL DOS PEQUENINOS...

DEZ MIL MULHERES VIVEM DE ALTERNE
DEZ MIL MULHERES VENDEM-SE EM BARES
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As estimativas dos empresários do sector indicam que em Portugal há 30 mil mulheres a viver do sexo, mais de dez mil das quais são alternadeiras – uma média de 12 por cada um dos 884 bares existentes. As restantes praticam a prostituição em apartamentos (15 mil), na rua e à beira das estradas.
Os donos de uma dezena de bares que os jornalistas do CM visitaram durante três dias, nos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu, concordam em pelo menos dois aspectos: negam incentivar ou explorar a prostituição (o que constitui o crime de lenocínio), mas afirmam que os concorrentes o fazem. 'No mínimo, os bares de alterne são os preliminares da prostituição', diz um agente de autoridade da Beira Interior, que conhece o meio por várias razões, incluindo as profissionais.

Lívia, solteira, com três filhos (um deles maior de idade), que começou a alternar há dois anos, cansada dos 380 euros mensais que ganhava como ajudante de cozinheira e frustrada com o País encantado que lhe prometeram no Brasil e não encontrou, é um exemplo de como as duas actividades estão interligadas. Em pouco tempo as explicações de que o alterne é 'só diversão' para os homens desabafarem os seus problemas com as esposas, os negócios, a crise e a vida – daí considerar-se psicóloga – dão lugar a conteúdos eróticos, encaminhadores da prática de sexo. O nosso repórter fotográfico acabaria convidado a pagar uma 'saidinha' num carro estacionado junto ao Expresso Bar. Negou, mas antes não escapou a alguns apalpões directos ao assunto! (...)

ABÍLIO CRUZ E SOUSA (PROXENETA)

- 58 anos, gerente do Paraíso Tropical, em Represa

– O que acha da eventual regulamentação do alterne e da prostituição?

– O alterne devia ser regulamentado como as outras profissões, para podermos pagar impostos e fazer contratos escritos às mulheres, que assim são verbais. Os escritos não correspondem à profissão verdadeira. A regulamentação separava em definitivo esta actividade da prostituição, embora também entenda que a prostituição deveria ter uma regulamentação própria.
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OS PREÇOS...
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TABLE DANCE COM DUAS MÚSICAS: 40 euros
‘SOBE E DESDE' OU 'SAÍDA': Pode atingir os 250 euros
SEXO ORAL: 10 euros
VAGINAL OU ANAL: 30 euros
COM CASAIS: 60 euros

in CORREIO DA MANHÃ DE HOJE...

NOTA Á MARGEM: Já sei que há mulheres que me vão dizer que sou retrógada e que estas mulheres são livres de escolher...e nem precisam de mala vermelha...

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