(...)(in Paulo Pinto, cinco dias )
Parece que a hierarquia militar não pestanejou e que já afirmou que a tratará com o mesmo respeito que com os seus predecessores. “Talvez com uma maior delicadeza”. Parece que há reacções dos sectores mais conservadores, a quem a imagem choca. A mim diverte-me e causa-me um profundo respeito, por constituir um inequívoco sinal de maturidade. Há algo de muito enraizado no fundo dos nossos genes greco-romano-judaico-cristãos que nos causa sobressalto. A sacrossanta função maternal e o sublime papel doméstico feminino misturados desta maneira com a suja, fera e viril arte da guerra?
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Não me parece que o problema seja este, por contraste, mas naturalmente por a função maternal se opor a função de matar...e nesse sentido também me choca. Só por isso, porque do ponto de vista social e político acharia também divertido uma mulher chefiar os exércitos...
Mas só ficaria contente mesmo se a imagem que vemos referisse um acontecimento de transformação na sociedade, em que uma mulher nesta posição significasse finalmente o RESPEITO PELA VIDA e a dissolução do exército... Aí sim, teríamos uma situação digna de nota, e a mulher grávida seria um seu símbolo perfeito, mas que uma mulher grávida como Ministra da Defesa, desfile diante de um exército, que significa a guerra...e a morte, já é de si paradoxal. E chocante.
Claro que me vão achar retrógada e reaccionária...apesar de eu não ser contra a mulher nas chefias, mas as mulheres na Guerra...é aí que eu vejo o paradoxo.rlp
6 comentários:
Muito bem visto, sim senhora...
Primeiro as mulheres se infiltram no exército... e passam à chefia... e passam revista
à guarda grávidas no dia da posse... e daqui a cem anos... talvez essa mudança seja mais visível e mais concreta...
Se há cem anos atrás alguém dissesse que uma mulher grávida seria a ministra da justiça, ninguém acreditaria, não é mesmo???
"eu sou uma mulher muito forte, porque faço da minha fragilidade força"
Ana Haterly
É neste sentido da foto que a Haterly faz?
Moloi deve ser muito burro porque não entende o que Ana Haterly quer dizer...ou será mera frase feita sem sentido algum?
Leonor, explique-me por favor.
As aparências iludem essa é que é verdade. A mulher no exército não ganha nada senão perverter-se na sua natureza de dar vida e alimento e não de matar ou consentir a guerra.Nem daqui a cem anos isso será benéfico...se formos por aí daqui a cem anos temos as mulheres na guerra e os homens em casa a tratar dos filhos...é uma inversão como outra qualquer que confundimos com progresso.Ter A consciência às vezes faz-nos passar por retrógadas...mas eu não me deixo enganar. rl
Moloi, a frase é tao-ista...é a verdade dos opostos, pode ser falaciosa no caso mas não na ética do Tao the king...em que o mais fraco é sempre o mais forte...caso da erva que dobra com a tempestade e se ergue e a árvore que quebra e não se levanta mais. Talvez a mulher seja como a erva e o homem como a árvore...
O que é que acha? (não acho nada que Moloi seja burro...)
Abraço
r.leonor
Obrigada por ter visto bem o que eu vi...
rleonor
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