O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 26, 2008

Nesta dimensão....


Querida Rosa Leonor,

"Tenho lido regularmente o seu blog. Gosto quase sempre. Não gostei muito deste aqui, onde se falava das mulheres actuais e do seu desatino. Soou-me muito, vai-me desculpar, a retórica de púlpito... “As mulheres estão perdidas”. Sem a Deusa.

Veja, os padres dizem rigorosamente o mesmo há séculos e séculos, apenas mudando o género da divindade. Ora, onde me situo eu para achar que os outros estão perdidos? Qual é esse porto de abrigo, esse local de chegada, esse ancoradouro em que supostamente todos estaríamos a salvo?
Não será por certo neste planeta, nesta dimensão densa onde agora estamos encarnados... Não sem antes termos feito algum trabalho pesado, não é assim? Embora, por suposto, sejamos seres duma dimensão mais leve e luminosa, teremos vindo até cá para fazer experiências na matéria, para elevar a matéria. Ah, sim, enterramos nela os nossos pés muitas vezes, baralhamo-nos muito, equivocamo-nos com frequência. Sofremos.
Dizem-nos os mestres que o grande factor de elevação da consciência é precisamente a dor. Só quando chegamos ao limite da dor e do equívoco, podemos mudar a nossa percepção das coisas e elevar a nossa consciência. Nisto eu acredito por experiência."
(...)
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A Luiza Frazão, respondeu assim ao meu texto anterior, muito à sua maneira, tão mais compassiva do que eu, e gostaria que lessem o que ela escreveu porque é outra visão, bastanta mais compreensiva e abrangente do que a minha. No entanto gostaria só de lhe responder que eu não estou a julgar essas mulheres...eu fiz os meus erros e faço-os ainda e aprendo com eles, o que eu quero às vezes salientar é que há UM SOFRIMENTO INUTIL E UM SOFRIMENTO TRANSFORMADOR E QUE PARA OS DESTINGUIR É PRECISO A MULHER, TER CONSCIÊNCIA DE SI COMO MULHER...
HÁ O SER E O SER...HÁ VÁRIOS PLANOS DE CONSCIÊNCIA, DIMENSÕES, MAS EU FALO AQUI DE UMA CONSCIÊNCIA DO FEMININO QUE FALTA E POR ISSO CARREGO NA TECLA...DEMASIADO ÀS VEZES...

(TANTO A MULHER COMO O HOMEM É OBVIO, PRECISAM DE TER A CONSCIÊNCIA DE SI MAS EU SÓ ME OCUPO AQUI DE MULHERES & DEUSAS...OS HOMENS NÃO PERDERAM A SUA IDENTIDADE NESTA HISTÓRIA, AS MULHERES SIM...)
E por amor de/a deus/a...não pense que estou contra A LIBERDADE E o prazer da mulher....

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