O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 25, 2008

As mulheres estão ainda longe da suas verdadeiras faculdades

“Como é que viviam as mulheres nesses tempos e nesses países em que a divindade era feminina? Elas eram consideradas de uma forma completamente diferente da que nas civilizações cristã e muçulmana que juntavam ao patriarcado uma teologia que as inferiorizava. O homem olhava a mulher como uma criatura quase sempre sagrada e muitas vezes com honrarias, e a mulher ela própria se considerava como um ser a parte inteira que não tinha nada a invejar ao homem. Este clima psíquico era evidentemente favorável à confiança em si mesma e ao seu desenvolvimento, à eclosão livre das suas faculdades. Sem dúvida que nós estamos muito longe de ter reconquistado estas condições apesar das consideráveis conquistas destes últimos vinte anos.”
In Mulher Solar - Paule Salomon

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