“As mulheres por vezes ficam histéricas e fazem e dizem as coisas mais estranhas. Mas esta observação vai dar a volta e morder a própria cauda: talvez a verdade da vida e do viver resida nas estranhas coisas que as mulheres fazem e dizem quando estão histéricas”
in “ As Duas Vozes”- de William Golding
(…)
Nas culturas celtas, a jovem donzela era vista como a flor; a mãe, o fruto, e a mulher mais velha, a semente. A semente é a parte que contém o conhecimento e o potencial de todas as outras partes de si. O papel da mulher pós-menopáusica é voltar a semear toda a comunidade com a sua semente concentrada de verdade e sabedoria. Em algumas culturas nativas, considerava-se que as mulheres na menopausa retinham o “sangue da sabedoria”, em vez de o expelir ciclicamente, e eram portanto consoderadas mais poderosas que as mulheres que menstruavam. Nessas culturas, uma mulher não podia ser “xamã” até ter ultrapassado a menopausa. A “menopausa”, observa Slayton, “quando compreendida e apoiada, fornece às mulheres o nível seguinte de iniciação ao poder pessoal. Como parte do tabu menstrual que ainda perdura na nossa cultura, a voz da mulher menopáusica é temida e negada. Foi tornada invisível ou encorajada a permanecer jovem para sempre através da terapia de substituição hormonal, ou outra intervenção médica. Esta alienação cultural de um rito de passagem vital faz com que as mulheres mais velhas se sintam inúteis, isoladas e impotentes”
(...)
Quando uma mulher compreende que o verdadeiro significado da menopausa foi invertido e degradado, como muitos outros processos do corpo da mulher, consegue fazer o seu caminho durante o resto da vida, fortificada com objectivos e discernimento.
In “CORPO DE MULHER SABEDORIA DE MULHER” de Christiane Northrup
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Serei velha e decrépita um dia,
com este sonho de amor no meu coração...
Mas que importa se for velha?
Rio-me da frágil beleza que enche os olhos de nada...
Ah1 a magreza dos modelos, a destreza dos corpos...
Dá-me pena ver tanto sacrifício em vão,
Quando a beleza do coração é a única magia que rejuvenesce.
Ah! que dor me dá no peito
pensar nas cirurgias plásticas, disfarces e implantes!
Que crime contra natura e sofrimento inútil...
E que preço não paga o corpo por tamanha aberração!
Serei velha e decrépita sim, mas a alma que me anima
é o único prenúncio de beleza que não morre.
Sei-o, quando cheia de amor me sinto,
e vejo a tua clara Luz que brilha dentro de mim...
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