O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quarta-feira, janeiro 09, 2002
"A mulher, mais do que o homem, é capaz de prever o curso dos factos e de dar conselhos, no sentido de harmonizar a conduta humanar com o destino.Essa é a razão da sua invulnerabilidade e da sua santidade sacerdotal, como pode ser provado entre os címbrios. É desnecessário repetir as palavras céleres de Tácito sobre o sanctum et providum das mulheres germânicas... Essa postura foi mantida no norte até o cristianismo começar a perseguição às videntes, por considerá-las feiticeiras..." E.Neumann
"A GRANDE MÃE"
“Ó! Não fujas, gritei, porque a natureza morre contigo”. G.Nerval
Ó Deusa Branca,
Senhora das fontes e dos lagos,
esquecida nas brumas do tempo,
chamo-te do mais recôndito do meu ser,
em cada célula um apelo, no meu corpo,
em cada átomo.
Não sei porque te envolve esse véu diáfano,
que te esconde na penumbra dos meus sonhos,
onde às vezes por piedade me sorris
ou me tocas com teu manto que te esconde de mim .
Outras vezes,
afagas-me o rosto com uma pena das tuas asas
e foges para longe.
Queria amar-te mais se eu pudesse
e trazer-te para bem perto ...
Pedir-te Senhora, nunca me esqueças...
Tu és a razão única da minha vida,
tu és a minha essência e cada nervo.
A carne, o sangue e o tecido,
cada fibra do meu ser te pertence!
***** *******
Cosmos I e II
Eu sei que não existem palavras concretas
para falar com os deuses...
E sei que deve haver uma forma de se comunicar
com o outro mundo e as suas leis inexoráveis.
Uma forma simples e directa de se expressar
a verdade de cada ser, a sua essência e não a aparência...
Tem de haver uma fórmula que se tornou mágica,
símbolos, sinais ou imagens, outra linguagem...
Um segredo, que nos abra a porta de todos os mistérios...
para uma nova aliança com cosmos.
Uma chave perdida algures no tempo,
Um registo na nossa memória, reminiscências
que se tornaram fábulas e mitos,
como a arca perdida, o Paraíso, ou o Verbo...
A palavra santa que se canta em mantras,
que se reza...
Ocidente e Oriente ambos perdidos de uma remota origem,
de uma consciência divina, totalmente esquecida dos humanos...
Vivemos adormecidos como sonâmbulos num mundo alienado.
Somos robots sem instinto nem coração, num mundo em destruição.
******`*****
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário