O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sexta-feira, janeiro 25, 2002
“AS MULHERES PRECISAM DE SABER QUE SÃO CAPAZES DE PENSAR INTELI+GENTEMENTE E QUE PRECISAM DE TER CONSCIÊNCIA DISTO NESTE EXACTO MOMENTO.” Adrienne Rich
“O PACTO SEM CONHECIMENTO”
(...).
Embora possamos ter respostas diferentes em dias diferentes, há uma resposta que é constante na vida de todas as mulheres. Embora detestemos admitir o facto, na esmagadora maioria das vezes o pacto mais infeliz das nossas vidas é o que fazemos quando nos privamos da nossa vida de conhecimento profundo em troca de uma vida que é muito mais frágil; quando renunciamos aos nossos dentes, nossas garras, nossos sentidos, nosso faro; quando entregamos nossa natureza selvagem em troca da promessa de algo que parece rico mas que se revela vazio. (...)
A iniciação da mulher começa com o pacto infeliz que ela fez há muito quando ainda estava entorpecida. Ao escolher aquilo que a atraiu como sendo riqueza, ela cedeu, em troca seu domínio sobre algumas partes, e muitas vezes sobre todas as partes, da sua vida instintiva, criativa e cheia de paixão. Esse entorpecimento psíquico feminino é um estado próximo do sonambulismo. Durante sua vigência, andamos, conversamos e estamos dormindo. Amamos e trabalhamos, mas as nossas escolhas revelam a verdade acerca da nossa condição. Os aspectos voluptuosos, curiosos, incendiários e bons da nossa natureza não estão em pleno funcionamento.
(...)
“MULHERES CORRENDO COM OS LOBOS” – Clarissa Pinkola Estés
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ADMIRAÇÃO
(
...) Quando vejo aquelas mulheres que pensam que emancipação significa a liberdade de serem tão ambiciosas e sedentas de poder como o mais macho dos homens, temo que as mulheres que se mantiveram intactas (autênticas) à sua maneira sejam postas em perigo por outras mulheres. É que já não se tratará apenas de se defenderem dos homens, como também daquelas mulheres que adoptaram a concepção masculina da liberdade. A “liberdade” de perseguir o poder para não terem de saber do medo torna-as cúmplices com o desprezo que os homens costumam ter pelo sexo feminino. Um Eu que foge do desamparo só até certo ponto pode aspirar a saber algo dos seus processos interiores. Não sabe lidar com os próprios horrores e inseguranças, só os pode negar pelo desprezo e pela perseguição da invulnerabilidade. Essa perseguição é evidentemente um esforço inútil para ambos, já que para os homens e as mulheres o desamparo espreita atras de cada esquina, justamente porque ela é temida. As suas consequências são paranóia, defesa, ameaças de guerra e a loucura da corrida aos armamentos.
A dependência da admiração, isto é, o sermos admirados, parece prometer a força desejada. O homem quer ser admirado pela sua “força”. E esse estado do ser admirado chama-se amor, embora ele tenda mais a asfixiar o amor autêntico. A maior parte das vezes não é essa a intenção consciente, mas isso não altera nada os resultados.
(...)
In “A TRAIÇÃO DO EU “ do autor do livro “A LOUCURA DA NORMALIDADE”
ARNO GRUEN – Professor e Psicanalista de origem alemã
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“Nos dois pólos da rosa-abismo, legível:
a tua palavra proscrita” - Celan
Que estranho hoje não acordei nada poética...
Eu que pensava que a poesia para mim era tudo... Não, não pensava nada. Minto.
Nós fingimos sempre como diz o outro poeta, com quem nem me comparo.
Porque eu deveras e sinceramente até nunca me senti poeta ou poetisa, nem musa...
Isto foi tudo um disfarce...
Na verdade, penso sempre que o que escrevo é por engano e de nada serve.
Para se ser poeta é preciso essencialmente ter fé nas palavras ou na humanidade, é preciso ser-se visionário e solitário e eu ás vezes viro-me do avesso e o que vejo são só reticências, dúvidas e medos...
O melhor é voltar para a cama e dormir até que o sono volte e então no sonho, quiça seja poeta ou poetisa e a Musa ou a Deusa que tanto sonho em vão, apareça...
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PENSAMENTOS SOLTOS
As vezes queria que as minhas palavras tivessem asas...
Estamos envoltos numa casca como paredes de uma prisão que é preciso constantemente quebrar para respirar outro ar e sermos livres por dentro...
É difícil ir além dos limites do tempo e do espaço, quebrar as amarras que nos aprisionam nesta ilusão de sermos apenas este corpo e esta mente insana...
O nosso Ser começa para lá de todas as fronteiras a que a nossa existência terrena nos prende e nos consome...
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“Aquilo que o acto de escrever tem de mais positivo é que a pessoa se liga a si mesma da forma mais profunda, e isso é como chegar ao céu. Tem-se a possibilidade de se saber quem se é, de saber o que se pensa. O indivíduo começa a relacionar-se com a sua própria mente”
Natalie Goldberg
“Aprendi, através da minha escrita, que os meus pensamentos têm ordem, e inteligência, e que estão todos relacionados com o meu bem estar. Mais que isso, os meus pensamentos estão profundamente ligados ao meu ser sensitivo. Aprendi a usar as palavras para exprimir, criar, e explorar todos os relacionamentos e emoções que dão sentido à minha vida.”
IN “CORPO DE MULHER SABEDORIA DE MULHER – Christiane Northrup
Eu volto amanhã de manhã na noite de quem dorme...
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