Agora que estou com umas mini-férias em casa, tenho ido todas as manhas visitar alguns blogues meus conhecidos e comecei a pensar que a minha linha não é nada o género nem o estilo, diário de bordo e, portanto fica demasiado didáctico, sério e chato... Mais parece Biblioteca! É verdade que eu venho dos livros e calhamaços, das místicas e “transcendências” e das “antiguidades” e não sei o que é que tem o meu mundo a ver com este meio e mais uma vez me encontro desfasada.
Penso logo que preciso aligeirar o tom e o estilo, mas temo não ser capaz e ai, lá se vai o blogue à vida ou então fico para trás na corrida do ciber espaço. É que há coisas que a gente não consegue mudar em nós e há espaços onde não devemos entrar, quero eu dizer que eu não vou pôr-me a andar num ring de patinagem sem patins e é assim que eu me sinto aqui! E se eu não aprender a patinar no gelo, só vou atrapalhar quem lá anda...Mas será que consigo aprender a patinar? Não creio, além disso, burro velho não aprende mesmo! Será esta uma versão invertida do "patinho feio"?
Por outro lado, eu creio também que em Portugal não há ainda muito o hábito e o vício da Internet e são sós os mais novos mesmo que aí navegam, facto ou realidade muito diferente do Brasil em que, segundo me apercebo, há uma enorme utilização e difusão deste meio interactivo extraordinário. Sendo um país enorme falando a mesma língua, pode fazer a diferença entre a Europa em que comum só há agora o euro. Portanto é possível que em Espanha ou em França, Inglaterra etc. seja mais dinâmico que aqui, mas falamos línguas diferentes. O Brasil tem acesso a Portugal e vice-versa, mas os estilos, creio eu são muito diferentes a não ser que se siga um modelo e isso eu não sei. Ando para aqui à deriva?
Alguém daí me esclarece?
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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