O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
domingo, janeiro 27, 2002
UNI+VERS+ELLE – UNIDO EM DIRECÇÃO A ELA…
Elle a une envie de femme. Envie de quoi ? Mais du Tout, du Grant Tout universel.
(…)A ce désir immense, profond, vaste comme une mer, elle succombe, elle sommeille. En ce moment, sans souvenir, sans haine ni pensé de vengeance, innocente malgré elle, elle dort sur la prairie, tout comme autre aurait fait, la brebis ou la colombe, descendue, épanouie, - je n’ose dire, amoureuse.
Elle a dormi, elle a rêve…Le beau rêve ! Et comment le dire ? C’est que le monstre merveilleux de la vie universelle, chez elle s’était englouti ; que désormais vie et mort, tout tenait dans ses entrailles, et qu’au prix de tant de douleurs elle avait conçu la Nature.
In « LA SORCIÈRE » de Michel
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(…) Pensa em mim que não sonho senão com o teu clarão onde adormece o luxo alegre de uma terra e de todos os astros que conquistei para ti adoro-te e adoro os teus olhos e abri os teus olhos abertos a todos aqueles que viram e darei a todos os seres que os teus olhos viram vestidos de ouro e de cristal vestidos que deverão tirar quando os teus olhos os tiverem embaciado com o desprezo.
Sangro no meu coração as iniciais do teu nome num estandarte que são todas as letras de que o z é a primeira no infinito dos alfabetos e das civilizações onde te amarei ainda, pois queres ser minha mulher e pensar em mim nos países onde já não existe termo médio.
O meu coração sangra na tua boca e volta a fechar-se na tua boca...
Tu virás tu pensas em mim tu correrás nas tuas treze pernas cheias...
...Quero ver-te chegar como as fadas.
In «A IMACULADA CONCEPÇÃO» de André Breton e Paul Éluard
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DEUSA BRANCA
Imagino-te fechada numa cidade de cristal,
Num horizonte longínquo de luz
No espaço sideral, onde vives submersa.
Vejo-te de muito longe num mar distante,
Chamo-te desesperada...Não sei quem és, nem onde estás...
Mas sei que existes e me amas tanto com eu a ti.
Talvez me chames, talvez me esperes,
Talvez me queiras dar tudo o que sonhei ou pressenti!
Vejo-te, porém muito longe.
Numa câmara ardente, num leito branco de cetim.
Adivinho o teu corpo suave e translúcido,
O teu sorriso doce e profundo, os teus cabelos ondulados,
As tuas mãos aladas que puxam por mim...
Pudesse eu vencer esta distância e lonjura!
Queria tanto estar a teus pés rendida
Ser tua escrava e não ser mais nada.
Ah! Quem me dera ser éter, volatilizar-me, subir no ar,
Ser a essência que, no espaço infinito te dá alento e forma.
Ser a tua vida eu própria!
In «Mulher Incesto – Sonata e Prelúdio»
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