O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 26, 2008

Amar-me como a Deusa me ama...

Anónimo disse...

Meus amores,Vai um conselho? Neste mundo virtual (que todo ele o é, n'é assim?...) eu não tenho que tar a olhar para que fazem ou não fazem os outros ou as outras... A salvação começa e acaba em mim próprio. Hello! NÃO EXISTE NADA LÁ FORA!... vcê sabia? Se não estou ou não tenho um grupo de mulher é só por causa que eu não sei estar num grupo de mulheres... Então a questão, se me permitem, é "O que é que eu ainda tenho que aprender de verdade para estar num grupo de mulheres? E agora sim gente já podemos arregaçar as manga e trabalhar. Botando culpas nos outro, que afinal nem existem fora de mim, não chego a lado nenhum, tá? É assim que eu vejo a coisa...


Pela parte que me cabe, obrigada pelos “meus amores”...já é qualquer coisinha...depois, também concordo que só há salvação dentro de nós própriAs/os (mas isso é outra história)...talvez começando a falar de nós no feminino...e quanto ao aprender para poder estar umas com as outras entre nós mulheres de boa vontade... é apaixonarmo-nos pelo nosso feminino, isto é, deixar de ter medo da pluralidade do feminino em nós e em cada mulher...e por fim, minha querida, não estamos a dizer mal de ninguém...porque os "outros/as" não existem...são um dado abstractO, é como o mundo, não existe: o que existe são indivíduos...
Só dizemos mal de alguém quando esse alguém tem nome...

Quanto à culpa por suposto não é dos “outros/as” e nós sabemos isso muito bem, é o sistema em que estamos presas/os...Denunciar as realidades não é culpar os outros. É também falar na generalidade. Senão dizendo bem para não dizer mal e que sim que somos capazes nos juntar e estarmos em paz todas juntas e unidas e cheias de lealdade seria uma grande mentira afirmar isso...Não acha?
E a propósito lembrei-me desta frase que adoro...


"NENHURES AMADA HAVERÁ MUNDO SENÃO DENTRO DE NÓS", dizia o poeta Rilke...mas isso trata de essências, de almas solitárias, não apostadas nesta realidade, mas na eternidade...

2 comentários:

Lealdade Feminina disse...

Tanta energia desfocada...
Que desperdício...
Sinceramente... e eu acho que conheço esse "estilo"...
Qdo eu comecei me sentia muito mais inspirada... e agora relendo vejo que realmente a realidade é cinzenta, nublada...
Principalmente depois do episódio Algarve, quando eu pensei que as mulheres não eram capazes de tais "crimes virtuais"...
Qual é o problema de as mulheres reunirem, e pq será que as mesmas interessadas andam contra isso, desvalorizando aquelas que o fazem...
Afianl, parece que o patriarcado é mais forte emais inteligente do que eu pensava...
Será a mulher capaz de transcender a sua própria vaidade, e entender que não se trata de egos e sim, de salvar uma energia, um planeta, a nossa vida e a nossa descendência... de mudar um modelo social falido, por um de base matriz, matrista, matrilinear, e assim, sobrevivermos?

Luíza Frazão disse...

Querida Rosa,

Este seu blogue é o quê senão um verdadeiro CÍRCULO DE MULHERES?! Inúmeras mulheres, tal como eu, vêm aqui para sentir essa unidade, essa força e esse apoio que lhes vem da glorificação do feminino; que as faz sentirem-se bem consigo mesmas, validadas, expandidas...
Bem-haja pelo seu trabalho magnífico!
Abraço fraterno
Luíza