O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, maio 01, 2008

ATRÁS DO PENSAMENTO

"Estou atrás do que fica atrás do pensamento."

"Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é mas sim outra coisa. Quando digo "águas abundantes" estou falando da força do corpo nas águas do mundo. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso. Lê a energia que está no meu silêncio. Ah tenho medo do Deus e do silêncio."


CLARISSE LISPECTOR

2 comentários:

MOLOI LORASAI disse...

Claro que Moloi compreende R.L.P.
O que eu faço é poético explodido.
Também lamento que as musas me abandonaram depois dos quarenta anos. Mas julgo que me abandonaram para eu explorar o meu próprio núcleo energético. Como se me obrigassem a crescer por dentro.
Abraços fraternais,
Moloi

Valsa Lenta disse...

E quem de entre nós nunca sentiu e percebeu estas palavras?!

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