MULHERES QUE AMAM MULHERES..
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Será que as mulheres que dizem que amam mulheres se amam a si próprias como e ENQUANTO mulheres? E se não se amam enquanto mulheres como é que podem amar e RESPEITAR as outras mulheres? Como os homens? E se se odeiam num corpo de mulher e querem ser homens e não são, como podem amar odiando?
Mas se os homens não amam as mulheres porque as não conhecem nem respeitam…ou se as mulheres não se amam porque não se sabem ou conhecem…quem ama quem então?
Deixo-vos estas pequenas questões para reflectir…
****Mas se os homens não amam as mulheres porque as não conhecem nem respeitam…ou se as mulheres não se amam porque não se sabem ou conhecem…quem ama quem então?
Deixo-vos estas pequenas questões para reflectir…
Para mim não há homofóbicos...há só gente ignorante de si mesma como um todo complexo e extraordinário que no fundo é cada ser humano, e essa ignorância é comum a homossexuais, heterossexuais...ou transexuais...
Confundir o Amor apenas com desejo sexual e reduzir a vida ao seu nível instintivo mais elementar...é que é aberrante de todos os lados da barricada!
A Vida humana e a realidade do Ser é muito mais vasta do que a sua biologia ou do que os esteriótipos da sua cultura e tradição secular, ou mesmo das meras pulsões sexuais ou outras que nos aprisionam na mais básica das expressões de "amor humano"... e este é que é o grande problema da Humanidade! Porque os animais, esses amam-se sem conceitos nem preconceitos nem precisam mudar de sexo...
Penso que se o Ser Humano redimensionasse o seu conceito de Amor e liberdade interior não teria teria tantos problemas em amar...amaria quem quisesse e como quisesse onde lhe apetecesse se fosse secreto, porque sagrado...
Afinal de contas, problemas mais graves como a guerra a fome e o crime só existem porque o ser humano não se ama a si próprio...
Velha como o mundo esta história...rlp
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Poder, Opressão e Dependência na Construção da Subjetividade Feminina
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"A sexualidade, como manifestação biopsicossocial do ser humano, sofreu através da história, toda a sorte de controlo por interesses diversos. Negada ou incentivada, a Igreja, o Estado e o poder económico sempre se valeram deste meio profundo do relacionamento humano (onde a afectividade e o prazer formam a base motivacional), para dominar, corromper, atemorizar ou lucrar.
Actualmente a exploração comercial da sexualidade feminina, oferece uma ideia superficial, desvinculada do afecto, sustentada em modelos descartáveis, consumista, estereotipados e preconceituosos, com a imposição da estética e como prerrogativa exclusiva da juventude. Mesmo com uma imagem muito explorada, a sexualidade feminina sempre foi terreno inóspito, com conhecimento centrado geralmente nos aspectos da reprodução humana. Nas escolas bem-intencionadas, ainda hoje, palestras esporádicas sobre sexualidade, resumem-se em estudar o corpo reprodutivo e estimular a prevenção à gravidez indesejada. O prazer é assunto negado, ou quando muito, mascarado numa linguagem subliminar de que o corpo feminino é um espaço sem muitos direitos. Com o prazer vinculado a um corpo que engravida, que gera, que culpa e martiriza, as mulheres protegem-se num contrato social definido por leis, que longe de garantir-lhe este almejado prazer, obriga-lhes após tantas expectativas frustradas, à manutenção da relação dependente, neurótica, sadomasoquista para fugir, da categoria pejorativa criada culturalmente para as mulheres que estariam desprotegidas destas leis. Seriam as"descasadas","mães solteiras", "largadas do marido", "as que estão em falta". Estes preconceitos acompanham as mulheres pela história; Inventam as categorias e as mulheres vão aos poucos "incluindo-se "nelas, sem contestarem, com submissão e dependência."(...)
Excerto de artigo de Por Maria Alice Moreira Bampi
2 comentários:
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Eu percebo isso tbm... podem mudar as pessoas e os sexos, mas representam sempre os mesmos papeis, e o modelo se repete...
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