Anónimo disse...
"Vivemos num universo de dualidade em que só podemos conhecer o BEM se houver o contraste do MAL... É assim o mundo em que vivemos. Para sabermos o que um PAI é, precisamos de ver o que é um MONSTRO no seu lugar. Sem o preto, como se vê o branco? Então o mais sensato, quanto a mim, é mentalmente agradecermos a este homem por ser ele a fazer o papel do monstro e assim não termos de ser nós a fazê-lo, certo? Porque alguém terá de o fazer para que este seja um mundo onde TODAS as possibilidades da experiência sejam possíveis...E esta é só uma maneira entre várias de ver a questão. A pior julgo ser esta que aqui se está a empolar e que só alimenta a histeria geral. Com o devido respeito. "
...POIS É, VAMOS ENTÃO REZAR PELA ALMA DO POBRE COITADO...E AGRADECER-LHE ELE MOSTRAR-NOS QUE O BOM PAI TAMBÉM EXISTE!!! Porque sem este horror era difícil...amén
ATÉ Estou de acordo consigo quanto ao ser um erro alimentar esta saga, mas é falaciosa a sua lógica e a sua moral. Para conhecer o mal e o bem já nos basta o frio e o quente a alegria e a dor, as doenças, as guerras e as catástrofes e as intempéries para saber que a vida se manifesta em dualidade. Não precisamos de actos de horror em família para ver o Pai Bom...
E sim, há outra visão, como por exemplo o Karma da pessoa, o destino marcado...não sabemos o que a menina noutra vida não terá feito ao papa...qual era o contracto das suas almas para aprender...mas nada disso justifica que vivamos "olho por olho dente por dente", nada disso significa que aceitemos de ânimo leve os crimes...
A compaixão e o perdão que vem da compreensão do amor incondicional, não impedem a justiça humana...senão a nossa sociedade seria um descalabro. rlp
4 comentários:
Sim, é urgente começarmos a elevar a energia, caso contrário como podemos criticar os media?! É sempre possível ver de outro modo. Quem somos nós para acharmos que gente assim não merece compaixão?!
Aproveitemos a "luz" para ver bem QUEM/O QUÊ SE ESCONDE NOS NOSSOS SUBTERRÂNEOS PESSOAIS?! QUE ESQUELETOS EXISTEM NOS NOSSOS PRÓPRIOS ARMÁRIOS? COMO CRIÁMOS ESTE MONSTRO? QUER QUEIRAMOS QUER NÃO, ELE É O NOSSO MONSTRO... Como se manifestou ele na nossa realidade?!!! E pois é: tenho que amá-lo também a ele - é dose, mas é a única hipótese...
Acredito que enquanto não começarmos a ver as coisas deste modo, remetendo-as para nós, não chegamos a lado nenhum, não fazemos mais do que aquilo que gerações e gerações de "comadres", "compadres" e outros analistas sociais, fizeram ingloriamente até aqui.
Como alguem disse "Tudo é karma"... (e Dharma tambem)
Isso fez lembrar-me de imediato de outro axioma aceite por muita gente:
N-a-d-a acontece "aqui" sem permissão e acordo prévio a nível de alma dos actores da peça de teatro...
Mesmo as coisas ditas mais monstruosas para a moral social vigente ou simplesmente para a nossa sensibilidade e senso comum.
Mas porque acredito em escolhas e algum livre arbítrio, isso não invalida nada do que eu disse quanto a ter que prestar contas de qualquer acto praticado com a inteireza maxima possivel. E no caso em questao (o sequestrador e abusador familiar da Austria)acho isso absolutamente desejável. Independentemente do que a outra alma lhe tivesse feito em outra vida, a escolha dele não foi evolutiva até porque pagar o mal com o mal ou a opção do sofrimento nunca é escolha evolutiva...
No mais ele é tambem um-ser-em-evolução, - como todos nós - e em última análise nosso irmão tambem.
Ps - Discordo quanto a nao observar em detalhe estes casos escabrosos: é importante que se observe e disseque,sim. Obviamente não para gáudio ou alimento de mentes pobres mas porque os esqueletos no armário perdem poder quando observados à luz do dia...
Abraço
Marian
O mal social sejam os crimes ou as guerras surgem de facto do fundo do nosso inconsciente colectivo como expressão da nossa sombra recalcada, pela não aceitação da dualidade bem e mal e as pessoas quererem ser boazinhas na aparência e nquanto que escondem a ssuas misérias. Aquilo que um grupo social esconde e não quer ver, mais tarde ou mais cedo explode-lhe como uma bomba nas mãos. E não vamos amar o criminoso, embora lhe devessemos agradecer por destapar a tampa da sanita...da humanidade "cristã" tão bem intencionada...que tal como os seus padres escondem "os pecados" debaixo da cama...mas é aí que está o problema, o querer ser bom é que nos faz esconder o mal...e não ser capaz de ser bom torna-nos máus...o erro está algures nessa mentalidade nessa dualidade que não é complementar e integrada mas adoptada de um só lado de cada vez colocando de um lado os bons e do outro os maus.
(continua)
A nível simbólico é assim, mas a nível da nossa realidade sendo a mulher a representante da ânima é ela que sofre na pele esse abuso do pai…e É ela que vive há séculos essa prisão e esse abuso por parte do homem. Sim, e pelo facto de noutra vida, por exemplo eu ter sido homem e talvez feito o mesmo, não posso ficar pela aceitação dos factos. O Karma e o darma não nos pedem que não se use o livre arbitrio . Tem de haver uma consciência interactiva neste plano e não só devemos mudar dentro de nós mas também fora na medida do possível, na sociedade e no mundo...ou as coisas acontecem em simultâneo.
Quanto a mim, não se trata de alimentar a histeria dos media, mas olhar sem medo nem preconceitos o mal e o bem e para isso precisamos de reflectir com lucidez, não é, mais uma vez o digo, estar a especular sobre o horror, mas de nada vale esconder ou não querer ver o mal que é também um erro. Não sou apologista de se falar só do bem e ignorar o mal, nem vice-versa! E você pergunta onde essa diabolização nos leva e eu digo-lhe que leva ao mesmo sítio que a beatização do padres da igreja…
Esta é uma questão por demais complexa e nunca queremos dizer só uma coisa, nem a coisa que o outro entende. Nunca conseguiremos estar todos de acordo nem creio que cheguemos á questão final que á a grande questão da humanidade. Aí está realmente o nosso drama. Por mim a optar por uma via de Conhecimento interior afastar-me-ia de toda esta realidade e isolava-me do mundo...criava a minha realidade…Já o fiz e não resultou. O caminho do meio é olhar os dois lados de tudo sem estar de nenhum lado, mas é difícil quando está muito quente...ou dói demasiado... Etc. Etc.
Mas sei Luiza também do que você fala...e também com a Marian quando ela diz: “Discordo quanto a não observar em detalhe estes casos escabrosos: é importante que se observe e disseque, sim. Obviamente não para gáudio ou alimento de mentes pobres mas porque os esqueletos no armário perdem poder quando observados à luz do dia” e estou de acordo com ambas. Porque são muitos os ângulos pelos quais podemos ver as coisas e todos se completam embora se contradigam aparentemente e sejam tão paradoxais às vezes…dependo do nível de consciência do indivíduo e há muitos planos. Não podemos julgar tudo no mesmo patamar…
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