MAIS UMA DE UMA LONGA COBARDIA
DN texto na íntegra de Ferreira Fernandes
Antigamente - um pouco depois dos tempos em que ele, de moca e de osso atravessado no nariz, a arrastava pelo cabelo até à caverna - o lençol nupcial era exposto no bairro. Se havia sangue, a noiva era virgem e o casamento podia seguir em frente. Antigamente..., iludo- -me eu, como se as coisas não pudessem voltar para trás.
Em Lille (Norte de França), um tribunal anulou um
casamento porque a noiva - muçulmana como o noivo - mentiu sobre a sua
virgindade. Na madrugada do casamento, o noivo, engenheiro, levou a noiva a casa
dos pais dela porque lhe faltava uma peça (assunto privado).
DN texto na íntegra de Ferreira Fernandes
Antigamente - um pouco depois dos tempos em que ele, de moca e de osso atravessado no nariz, a arrastava pelo cabelo até à caverna - o lençol nupcial era exposto no bairro. Se havia sangue, a noiva era virgem e o casamento podia seguir em frente. Antigamente..., iludo- -me eu, como se as coisas não pudessem voltar para trás.
Em Lille (Norte de França), um tribunal anulou um
casamento porque a noiva - muçulmana como o noivo - mentiu sobre a sua
virgindade. Na madrugada do casamento, o noivo, engenheiro, levou a noiva a casa
dos pais dela porque lhe faltava uma peça (assunto privado).
E um tribunal, no ano de 2008!, deu-lhe razão (assunto público). Deixo para os advogados e juízes o valor jurídico do ela ter mentido, como se a lealdade pudesse existir entre desiguais (o engenheiro não teve de jurar a sua virgindade, nem tinha como a provar). A nossa cobardia está a atirar estas novas europeias para o passado. Assim, o passado virá ter com todos nós, não tarda.
1 comentário:
Pois é... está em todo lado...
É só tirar o véu e a sujeira aparece...
Nada mais é só do outro lado do mundo...
Será tudo "culpa" do Plutão???
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