O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 26, 2008

UM POUCO DE HISTÓRIA PATRIARCAL...


A instauração do patriarcado também é um assunto que tem sido muito pouco estudado. Digamos que o único homem que um belo dia resolveu dar atenção a este aspecto foi Engels, dizendo que anteriormente teriam existido matriarcados, tendo depois se dado a instauração do patriarcado, precisamente quando os homens descobrem o segredo da paternidade, ou seja o seu papel concreto na procriação, que até então seria desconhecido. No entanto considero que a forma como ele tentou explicar essa passagem foi apressada e superficial.
(…)
A visão de cientistas e outros pesquisadores que estudam a vida, tanto humana, quanto animal, tem sido feita sob a ótica patriarcal. Por exemplo, os biólogos falam de machos com um harém, machos dominantes, sem se dar conta de que são as fêmeas que fazem essa escolha, procurando o melhor reprodutor, aquele que tem mais probabilidades de ter uma descendência mais viável do ponto de vista da sobrevivência do grupo, ou da espécie. A ideia do macho dominante tem muito a ver com a ideia de uma figura de poder ligada à sociedade patriarcal.
Da mesma forma a valorização das atividades de caça e guerras na descrição e definição dos grupos são atividades ligadas aos homens, e por isso supervalorizadas. Só recentemente alguns autores começaram a aventurar a hipótese de terem sido as mulheres as inventoras da agricultura. Mas mesmo essa possibilidade surgiu como um fator desvalorizante da mulher, pois teria sido gerada pela suposta fraqueza e incapacidade da mulher."
Isabel Barreno –
in http:/www.lealdadefeminina.blogspot.com/



Assisti há pouco a uma comunicação sobre a biodiversidade pelo prof. Graciano Ramos. No final, quando lhe disse que a biodiversidade deveria começar logo pela linguagem, admitindo a existência dos dois géneros e não remetendo tudo para o "homem", anulando assim um deles, ele não pôde estar mais de acordo. Depois de nos ter mostrado as semelhanças que existem entre o comportamento dos leões e o dos humanos, onde são as fêmeas que caçam e desempenham todas as tarefas necessárias à subsistência, sendo depois o macho, que fica regalado a dormir, o primeiro a ser servido, afirmou em conclusão que, em última análise, deveríamos dizer "mulher sapiens" ou "femina sapiens" em vez de "homo sapiens"...


Gostei Luiza, OBRIGADA PELA ACHEGA...

2 comentários:

Luíza Frazão disse...

Assisti há pouco a uma comunicação sobre a biodiversidade pelo prof. Graciano Ramos. No final, quando lhe disse que a biodiversidade deveria começar logo pela linguagem, admitindo a existência dos dois géneros e não remetendo tudo para o "homem", anulando assim um deles, ele não pôde estar mais de acordo. Depois de nos ter mostrado as semelhanças que existem entre o comportamento dos leões e o dos humanos, onde são as fêmeas que caçam e desempenham todas as tarefas necessárias à subsistência, sendo depois o macho, que fica regalado a dormir, o primeiro a ser servido, afirmou em conclusão que, em última análise, deveríamos dizer "mulher sapiens" ou "femina sapiens" em vez de "homo sapiens"...

rosaleonor disse...

Obrigada Luiza pela sua força...
quem sabe não estamos mesmo a criar um círculo através dos nossos blogues...vamos pensar nisso melhor...
Abraço
rosa leonor