O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 04, 2008

A DIMENSÃO DO SAGRADO


MOLOI LORASAI disse...

É tudo muito bonito, a natureza é um templo, mas quando o leão chega para caçar, os outros animais fogem.

Cuidado para não pisarem numa cobra-cascavel!·Os gnóstica não consideram o mundo sagrado... o sagrado para eles, felizmente ou infelizmente, está noutro lugar.

A questão é que não existe SÍNTESE UNITÁRIA a ser realizada neste mundo fragmentado.


Talvez seja como diz Moloi, mas o sentimento de sagrado ou de respeito por nós mesmos e também pela natureza intrínseca da Natureza e dos animais, no mínimo, a humanidade pode na Terra atingir esse estádio...
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Não acha que estamos desviados do propósito da nossa humanidade possível e que a dualidade humana pode ser integrada dentro de cada ser, o feminino e o masculino, os princípios e os pólos? Não será um pouco esse o sentido de tudo?
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Que sentido faria virmos aqui só para sofrer e viver abaixo de cão? Uma vez que não somos quadruples, sem desprimor para os animais, talvez nos reste ainda a esperança de atingir algum plano de consciência superior aqui em baixo...mesmo que o nosso Todo – o eu superior, ou o nosso duplo - só seja alcançável fora deste corpo. Falo da terra e deste corpo como sagrado e isso basta-me; o viver em dignidade como vive o leão e a gazela…como vivem outros seres na sua estrutura própria. Todos eles tem a dignidade que o Homem não tem…O homem não precisa caçar a mulher nem matar para comer…e no entanto faz isso muito abaixo do animal…porque o faz por ganância, por vingança e ódio, coisa que os animais não têm, por suposto. Sim, nós temos uma mente diabólica que até nos faz acreditar em deus e no diabo...e em seu nome destruimos e matamos seres humanos! Mas também temos um coração inteligente e ainda não lhe demos crédito nem ouvidos... A mente separa, mas o coração une...e nós não lhe damos essa chance...
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Porque sei tudo isso, eu quero ainda ver a grande beleza de toda a Manifestação, de toda a Natureza, do mar e do céu, que nós não vemos porque estamos cegos de raiva e posse, porque estamos doentes…Há vírus, há pestes, há químicos, há armas, muita coisa que faz a desordem no planeta. Para mim essa desordem não é inerente ao ser humano, apesar de todos os paradoxos humanos e terrenos. Porque o nosso corpo é perfeito à partida como o é um aroma…uma romã…uma árvore e uma flor simples que nasce ao acaso
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E nós, temos ou não este potencial de amar e odiar que nos faz sofrer sempre que tocamos um qualquer ponto interior de prazer, êxtase ou alegria genuína e a deixamos fugir ou ela nos escapa? E odiamos sempre que somos rejeitados, quando nos desprezam, quando nos inferiorizam porque sabemos intuitivamente que temos valor?
Que valor é esse que sentimos que temos?
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É dessa coisa que falo. Do ar e da água e do éter. Devíamos respirar fundo e agradecer estarmos vivos…sabendo que deixando este mundo de ilusão ainda estaremos melhor pois acredito que sim que a eternidade e o infinito são a nossa origem, a nossa verdadeira casa.
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Quanto á serpente cascavel ela só faz o seu trabalho…sempre gostei de serpentes, sabe, e se uma delas fosse o bilhete de viagem para o outro lado a natureza ainda assim estaria do meu lado…é por isso que eu sinto que tudo é sagrado. Principalmente quando não se tem medo da morte…sabendo que aí pode acontecer a tal síntese unitária de que fala...e todos ansiamos. Mas a Terra e a Natureza não deixam de Sagrados...

2 comentários:

MOLOI LORASAI disse...

aprecio o nosso diálogo, porque ninguém quer provar nada a ninguém.
Nem Moloi, nem R.L.P.
Surfemos então!

rosaleonor disse...

Justamente porque o respeito pelo outro é essencial...aí começa o sagrado... só isso bastaria para mudar a face do planeta...


abraço fraterno

rleonor