O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 19, 2007

A BELEZA DA MULHER...DIGO, A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA



Hospitais cobram até 17 vezes mais a vítimas de violência doméstica
Helena de Sousa Freitas* e José Mário Silva


O Estado português não assume o pagamento das urgências hospitalares quando os pacientes são vítimas de violência. Nos casos em que não é apresentada queixa, ou em que não fica provada a culpa do agressor, a despesa é assumida pela vítima, o que faz com que esta pague de 14 a 17 vezes mais do que o paciente comum. Uma situação que pode, no limite, inibir o agredido de ser visto por um médico. Num caso de que a agência Lusa teve conhecimento há cerca de duas semanas, Filomena Ferreira dirigiu-se, com uma familiar que havia sido vítima de violência doméstica, às urgências do Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

Contudo, quando se preparava para fazer a inscrição da vítima, foi alertada por uma funcionária para o facto de "sendo um caso de agressão, existir, além da taxa moderadora de 7,5 euros, um outro valor associado à consulta". Este valor, que ascende a 106 euros, deve ser pago pelo agressor ao hospital, embora - se a vítima não apresentar queixa ou o agressor for absolvido - recaia na pessoa agredida.Face a este cenário, a vítima optou por voltar para casa, "apesar das contusões no pescoço e das nódoas negras nas pernas, para que não fosse imputada ao marido uma despesa que ainda é elevada para a sua situação económica", explicou Filomena Ferreira, para quem a possibilidade de a conta por pagar "suscitar de novo a ira do agressor" constitui um factor que inibe a vítima de se "deslocar ao hospital para receber tratamento ou a leva a ocultar a agressão, o que falseia as estatísticas". (...)
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...os políticos são mesmo psicóticos...
"HOMENS DE PÉS PEQUENINOS A CABEÇA A DAR COM OS PÉS"
(Y.K.CENTENO)

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