Texto extraordináriamente lúcido e apelativo a uma nova ordem e inversão do valor masculino instituído. Mas, é um facto que uma mulher que viva dentro de si a dimensão de um feminino apurado não convive muito bem entre homens misóginos que a olhem como se fossem uma "marylin Moonre" e que prontamente se encontrarem uma porta semi aberta saltam como abutres, e às mulheres o mesmo acontece quando intuem na outra a força que elas negam. Muito poucas estão cientes da verdadeira natureza do que é ser feminino.
O percurso é longo, muito longo. Deveras longo, porque o labirinto em que está encerrada nesta sociedade não tem espaço para respirar, as teias são de tal forma letais que ao minimo passo encontrará uma parede betão que não denuncia o tamãnho da altura e nem a largura, e sorte de quem tem fio de ariana para conseguir vislumbrar uma minuscula luz algures e nenhures.
NSEEAO Homepage 04-03-2007 08:32:48
Obrigada minha amiga pelo seu comentário; é bom contar com mulheres conscientes e unir esforços...
Curiosamente é do Brasil que mais recebo apoio...Aqui as tais mulheres que se negam são muitas mais do que as que são conscientes do ser feminino.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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