O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 26, 2007

QUARENTA ANOS DE SERVIDÃO NÃO CHEGA...

Nasci português e morrerei português

ainda que mude de nacionalidade vinte vezes


A literocambada lusitana nasceu portuguêsmente pulha

e portuguêsmente pulha há-de morrer

seja qual fôr o ismo a que pertença. "

in "40 anos de servidão" JORGE DE SENA EXORCISMOS

Ó cães da morte, que me uivais, mordeis!
Humanos-infra, que sois morte e cães!
Vade retro, Satana, requiem aeternam
terei sem vos ouvir, nem mesmo ao chiar
de mijo nos meus ossos, quando alçardes a perna.
Cães filhos de cães e vossos filhos cães:
haveis de ouvir-me até depois de mortos
e cisco e lama num ranger de dentes:
por mais que me uivem hão-de ouvir também
a voz humana que vos foi negada,
vade retro, Satana, abracadraba.

in QUARENTA ANOS DE SERVIDÃO Jorge de Sena

O Espectro de Salazar GANHOU : "A RTP geriu atabalhoadamente o concurso Os Grandes Portugueses quanto à sua nomeação e votação, com consequências rançosas. O ensino da glória dos Descobrimentos e a branca sobre a Guerra Colonial pouco diferem da História adestrada pela ditadura. É assim, a nossa democracia. Não constrói valores e motivos de identificação…”(?)

A televisão não forma, mas deforma. É tempo de pensar em meio século de lixo e em quem elegeu Sal-azar, o melhor português de sempre...

Em momento algum pretendo ser políticamente correcta, que é como quem diz: cala e subme-te. Porque o correcto em Portugal é ter medo e obedecer a Ditadores, sonhar com Ditaduras...

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