O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 20, 2007

portugal profundo...como dizem...

"É UM PAÍS CARREGADO DE VÍCIOS
CARREGADO DE VELHOS” *







A IDADE MÉDIA EM PORTUGAL

Andreia Elisabete É UMA MENINA que foi raptada por uma mulher há dois anos da maternidade onde nasceu.

Hoje, após a descoberta da raptora, a menina foi devolvida aos pais…
A raptora, uma mulher agora sem casa e certamente maluca (ou desesperada), será condenada e presa e a menina também o será… à miséria dos pais verdadeiros…

A mãe, pobre, óbviamente ignorante e quase boçal, está feliz…com ela está a população de Cernadelo que lhe invade a casa e o lugarejo onde vive e uma multidão de gente em festa, envolta numa onda histérica de vingança e alegria popular – própria do voyarismo nacional televisivo - que seguiu os episódios da telenovela da miséria nacional pelos noticiários, muito ocupados a transmitir as imagens da realidade do Portugal profundo… desgraçado, embrutecido e miserabilista…

Sim, sem dúvida que a mãe tem todo o direito à menina, mas a menina…que foi “famosa” por uns dias – e em que tantos psicólogos igualmente famosos falaram do seu caso - daqui a pouco tempo será só mais uma menina pobre, suja e feia, mal tratada pelas circunstâncias miseráveis dos pais com mais 6 irmãos e pelo Estado que se está nas tintas para as meninas pobres do seu pedestal de hipocrisia reinante…

O Estado? Preocupa-se em construir Aeroportos de biliões de euros para turistas com milhares de pobres e desgraçados pelo País…


"ESTE PAÍS
EM QUE OS REIS ANDAM NUS
E NINGUÉM É CAPAZ DE DIZER NADA"
* In IRREFLEXÕES
Y. K. CENTENO

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