O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 20, 2007

eu sei que ninguém lê isto quando tão longo...


MULHERES PELO DIREITO DE RESPOSTA
(NO BRASIL)
(…)
“Apesar da emancipação feminina e do brutal crescimento da nossa participação no mercado de trabalho, bem como da nossa ascendência na área da educação formal, somos ainda identificadas, sobretudo pela mídia, como esposas, mães ou filhas. Mesmo quando algumas de nós destacam-se desempenhando algum papel profissional, como por exemplo, especialistas de alguma área, não escapam da relação com o contexto familiar. “Então, enquanto os homens são valorizados como indivíduos autônomos, o status da mulher deriva originalmente de sua relação com outras pessoas. É dessas relações, muito mais do que de sua individualidade, que a mulher obtém sua autoridade” afirma o relatório internacional.
(…)
É fato notório que nós mulheres mudamos a face do mundo - a nossa luta mudou o cenário político, econômico e social do país e do mundo. Nossas reivindicações alteraram o funcionamento dos organismos de poder, das empresas, da estruturação da sociedade, da organização das instituições de ensino, da própria família e dos papéis estabelecidos para o homem e para a mulher.

Mas falam em nosso nome, reforçam os estereótipos que combatemos, não refletem as mudanças e conquistas já efetivas na vida real, usam e abusam de nossa imagem, dosando-a de mais ou menos sedução, prometendo nos entregar como brinde pelo consumo de tal ou qual produto, procurando nos iludir e iludir aos homens, aos jovens e às crianças, em função de interesses que raramente são os nossos.
É preciso que a sociedade tenha acesso a uma visão diferente da que a mídia ora nos impõe.
Queremos poder efetivamente usufruir de nosso direito à comunicação e mostrar a vida e a realidade das mulheres como nós a percebemos e vivemos. Queremos poder mostrar as mulheres em seus mais diversos contextos, na lida do cotidiano, em seus sonhos, em suas lutas, em suas conquistas, em suas contradições e problemas.
Por isso, exigimos o nosso direito de resposta.(...)
RACHEL MORENO

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