O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 28, 2007

VOLTANDO AOS NOSSOS ASSUNTOS...

"Quando a relação homem-mulher se desequilibra, então a relação humana com a natureza também se desequilibra de maneira perigosa. "Eles tratam a Terra como a sociedade trata a mulher. Na minha opinião, a crise ambiental do Ocidente baseia-se em modelos de relacionamento." Richard Levinton



'Enquanto os homens não integram o seu lado feminino, seguem explorando, torturando e matando as mulheres, os animais, os outros homens e saqueiam o planeta. O estágio de desenvolvimento da anima no homem reflete-se concretamente em seus relacionamentos externos com mulheres. Quando vê a mulher como ameaça sinistra, como alguém inferior que deve ser mantida em seu lugar, é sinal de que sua natureza feminina interna está ainda em estágio juvenil, pronta a provocar e escarnecer o homem. Esse tipo de homem se enrijece contra as emoções, temendo que elas se manifestem mediante um super-sentimentalismo, ou através de agressão inapropriada. O feminino interior e os relacionamentos com mulheres desenvolvem-se reciprocamente quando ele se torna conscientemente capaz de valorizar o feminino. Tanto a mulher interior quanto a exterior podem então ser reconhecidas como a encarnação da alegria, da paixão, da inspiração, da criatividade, da espiritualidade e, no plano mais elevado de todos, da sabedoria. Para indivíduos que não tem vontade de mudar atitudes coletivas estreitas__especialmente aqueles que se baseiam nas leis do patriarcado__ a maturidade psicológica não é possível. Quando a natureza feminina é valorizada, e não é vista como brinquedo, e sim como energia a ser abraçada, a vida psíquica desabrocha e torna-se frutífera, trazendo nova perspectiva.”



Nancy Qualls-Corbet

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